Confesso que nunca tinha pensado sobre a ética que envolve a eutanásia. Sempre estive indiferente. Isto é, não é algo que ocupe os meus pensamentos.
Dada a condição do caso daquela moça norte-americana (Terri Schiavo) estar presente em toda espécie de mídia, me obrigou a usar o “tico” e o “teco”.
Como acredito em milagres, naturalmente sou contra a eutanásia. Acho que até o último instante há possibilidade de interferência de uma força maior (Deus, nesse caso).
Um comentário de Henry Sobel, o rabino-chefe dos israelitas no Brasil, me fez repensar por alguns segundos essa minha idéia.
Para o mestre judeu, é anti-natural manter uma pessoa viva por meio de parafernália tecnológica. Deus deu a vida para nós vivê-la naturalmente.
Interessante, não?
Mesmo assim, continuo pensando como antes.
Certamente, ao designar à inteligência humana habilidades necessárias para prolongar a vida, houve uma autorização natural para prorrogá-la.
Mas seguindo a mesma linha de raciocínio: haveria algum problema ético quando, em um futuro que acredito não ser tão distante, se descobrir exatamente como impedir o envelhecimento celular?
O resultado da inteligência humana que permitiria a “vida eterna” não seria questionado?
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