
A repartição já está assim: toda verde-amarela.
Resta-me, desde já, estar psicologicamente preparado para a ingrata tarefa de torcer pela seleção brasileira e, ao mesmo tempo, contra o Galvão Bueno.
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Véspera da Copa do Mundo de Futebol, em 1998, uma professora divagava em sala de aula sobre seu dilema: estava entre torcedora do Brasil e eleitora de Lula. Argumentava que a vitória do Brasil, seguida da presepada oficial, seria explorada eficientemente por FHC. Em miúdos, a vitória do Brasil significaria a manutenção do segundo mandato do Doutor Fernando.
Nessa lógica, ressentimento e decepção do torcedor relacionariam intimamente com ressentimento e decepção do eleitor, assim como o desempenho da seleção brasileira corresponderia ao resultado eleitoral do candidato da situação.
Errou feio. A complexa realidade nem fez conhecimento dessa curiosa relação. O Brasil, como se sabe, foi humilhado na final, mesmo destino da oposição lulista. E só pra contrariar, a edição seguinte da copa, Brasil conquistando o pentacampeonato, não foi suficiente para garantir a permanência do projeto tucano para o Brasil.
Enfim, uma teoria bocó.
Caso queira dar fé a algum tipo de relação desse naipe, as últimas duas copas oferecem elementos reveladores. Se o hexa vir, Lula sai. Se não, Chuchu ganha. Para o ‘povo do poder’, sorte no jogo, azar na eleição. Às apostas, manos.
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