Em recente programa televisivo, assisti umprofundocomentário de uma crítica decinema. Dizia ela que não há nada mais chato do que fãs de Heróis em Quadrinhos(HQ). Eu, que até recentemente colecionava uma infindável lista de gibis,magoei.O comentário era sobre o novo uniforme do Super-Homem apresentado na quintaseqüência deSuper-Man. Novos tonsaqui, outros ali, uma bota diferente acolá… e estava pronto o fuzuê: críticase mais críticas dos amantes das famosas revistinhas.
A adaptação de histórias para o cinema traz uma incoerência. O que na verdadeseria uma transposição muitas vezes beira a recriação. Aí a reclamação épertinente. Estão mudando algo que faz parte do imaginário de milhões depessoas.
É bem verdade que boa parte dos freqüentadores de cinema não são, necessariamente, fãsdessas revistinhas. Portanto, isso não diminuiria o interesse delas sobre ofilme em si. Os produtores e roteiristas de cinema poderiam muito bem poupar acriatividade (artigo raro hoje em dia) nessas adaptações. O mundo dos HQ possuiuma riqueza de significados muito grande. Dispensa, então, inovações.
Se bem que, nós, fãs de HQ, somos barulhentos. Dá uma maior visibilidade ao filme senos deixarem contrariados. Contudo, se querem mudar, fiquem a vontade paramodificarem seus próprios heróis. Transformem o Rambo (argh…). Adeqüem oRobocop àquela famosa música dos finadosMamonas Assassinas. Façam o quequiserem. MAS DEIXEM O SUPER-HOMEM EM PAZ!
É. Acho que a moça da Record tinha razão. Somos chatos mesmo.
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