E os sonhos de uma vida feliz se desmancham com um único despacho. Sem licença para qualificação profissional (por conta de ausência de dotação orçamentária), adeus cidade da garoa, adeus PUC, adeus mestrado.

Sentir ser a pêra podre na lata do lixo não é pior do que estar sujeito a desfaçatez imbecil e cruel dos números monetários estatais, generosos para alguns, sovinas para outros.

Depender de vontade política de alguns, idem.

~*~

A linguagem aparentemente ferina é um subterfúgio  para esconder o padecimento profundo que sinto. Só não sei bem a quem devo tanto. Talvez a mim mesmo.

7 Comments

  • Sandra

    julho 6, 2007 at 00:43

    Ai, Ju. Que coisa… Não fica assim. Pode dar certo numa outra ocasião. E aí você fica aqui, pertinho da gente.

    Beijos duplos.

  • Cabamacho

    julho 6, 2007 at 11:14

    Mas rapaz, se esquente, não. O mundo não acabou por isso, não é mesmo? Pense, um chifre poderia até ser pior.

  • Allan

    julho 6, 2007 at 15:02

    Cada um sabe a dimensão da própria dor, mas ela não deve ser maior do que podemos suportar. Não espere nada, não espere por ninguém. Faça seu próprio caminho e nunca desanime. Só não pare de caminhar.

  • D. Afonso XX o Chato

    julho 7, 2007 at 01:22

    Putz, que sacanagem. Mas enfim, fechada uma porta, quantas janelas podemos abrir? abs e nada que o tempo não resolva.

  • Makoto®

    julho 9, 2007 at 17:18

    Dureza, hein?

  • Thera

    julho 10, 2007 at 12:42

    O serviço público é cruel muitas vezes. Já tentou usar “Polyana”? Ou a raposa de La Fontaine? Não é sempre, mas às vezes ajusda! 😀
    Athé +!

  • Juliano

    julho 10, 2007 at 23:08

    Sandra: certamente. Isso não impede, infelizmente, nossa aflição pelos sucessivos adiamentos.

    Cabamacho: putz, cara… não é de todo mal, mesmo…

    Allan, de coração: muitíssimo obrigado pelas palavras.

    Afonso: que as (muitas…) janelas sejam suficientemente baixas para o gurizão aqui passar, não é? 🙂

    Makoto: Duro, cara. Não há para onde correr.

    Thera: eu sempre achei o discurso de “Polyana” meio conservadorzão; nesse momento, no entanto, está sendo – devo dizer – muito útil ‘psicologicamente’ – e que, de certa forma, assemelha-se muito ao comentário do Afonso logo aí em cima. Quanto a La Fontaine – e se eu estiver certo quanto a fábula da raposa (A raposa e as uvas) – não faz parte de minha estratégia difamar aquilo que não consigo. Mesmo pq, nesse caso, o revolver da pedra no caminho da lamentação em tela não depende de meus esforços. Em todo caso, muito obrigado pelas gentis palavras dispensadas.

    Juliano

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