Adeus a Gorz

Três dias depois, soube que André Gorz, que também assinava trabalhos sob o pseudônimo de Michel Bosquet, morreu. Um suicídio curioso, é verdade: Dorine estava com uma incurável doença e ambos decidiram encurtar a vida.


Gorz e Dorine, em 1947. Foto by Susi Pillet, via Libération.
Um dos expoentes da Nova Esquerda, Andre Gorz manifestou um marxismo muito próximo do existencialismo. Era amigo próximo de Sartre. Escreveu, entre outros tantos trabalhos publicados no Brasil, “Adeus ao proletariado: para além do socialismo” (1980) e “O imaterial: conhecimento, valor e capital” (2003). O amor profundo dedicado a Doriane, sua companheira, é expresso, inclusive, na dedicatória dos dois livros citados. No primeiro, “A Dorine, more than ever“; no último, “Graças a Dorine, sem a qual nada haveria“. Descansaram em paz, certamente.

2 Comments

  • Thera

    setembro 28, 2007 at 10:39

    Se é que foi mesmo suicídio (eu sempre acho suicídio tão estranho!), esse mundo está cada vez mais virando “A Família Dinossauro” . me lembra particularmente o episídio onde o Dino deve arremessar a sogra no precipício!

    Não foi divulgado ainda com o quê foi o suicídio né? Veneno?! Meu lado viciado em Agatha Christie está alerta agora, hehehe…

  • Jens

    outubro 1, 2007 at 16:32

    Morrer junto com o ser amado? Isto é que é amor – na vida, na morte e no além. É de arrepiar. Tragicamente belo.

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