Evidências, evidências (II)…

Cláudio de Moura e Castro gosta muito de evidências. Na educação, estritamente. O mesmo economista não sustentaria (e creio que muitos de seus pares) as mesmas estratégias em sua própria área.

A revista para qual Castro trabalha há muito insiste sobre a imbecilidade de contrariar os interesses de Bush&Cia. O Canal da Imprensa oferece pistas para explicação desse fascínio pelo american way of life.

Do relacionamento diplomático com os EUA e o respectivo sucesso (ou não) dele alcançado temos dois exemplos recentes aqui, na parte meridional da América.

A Argentina passou recentemente por uma crise violenta. Ainda não amolecidos pelo efeito tsunami, ficamos insensíveis ao infortúnio de nossos hermanos. O criador do plano de estabilidade econômica argentino, Cavallo, foi convidado para tomar as rédeas da economia. Mesmo assim, a carruagem capotou de vez. Em tempo: a Argentina é uma parceira histórica dos Estados Unidos – mesmo após o apoio dos estadunidenses aos ingleses na Guerra das Malvinas, em 1982.

Já a Venezuela, governada pelo bufão e genioso Chavez, arrotou um populismo esquerdista em graus latitudinais bem mais próximos da Grande Potência. Ninguém duvida que Bush o considera persona non grata. Muito menos que boa parte dos republicanos, como Pat Robertson, prefere vê-lo duro e gelado. Apesar de contar com uma aguerrida oposição, a Venezuela continua na mesma vidinha pré-Chavez.

Ao contrário dos terroristas de plantão bem localizados na imprensa tupiniquim, contrariar interesses dos Estados Unidos não leva ninguém para o buraco. Lamber suas botas, sim.

Mas, convenhamos. São somente evidências.

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