Eu devia ter uns três anos quando ganhei um macacãozinho da Ferrari. Todavia, o corpo em crescimento não foi muito piedoso; logo, logo, tive que deixá-lo. Mesmo assim, impedia minha mãe de fazer com o macacão o que ela costumava fazer com as outras roupas: doá-las. Até que um dia cheguei em casa e não mais o vi.Não que eu gostasse da Ferrari – nem ao menos entendia aquela fileira de carros. O que me atraía era aquele conjunto de cores, aquela confusão de tons. Somente aos seis, sete anos, que os carros, os motores, os sons, os pilotos de dezenas de países formaram o conjunto irresistível daquilo que até hoje – mesmo sabendo da preponderância do carro frente ao piloto – ainda sou apaixonado.
Evidentemente, considero ainda as cores do bólido de um F-1 uma atração a parte. E se a McLaren me deixou frustrado ano passado, depois desse Renault aí embaixo, qualquer presepada que porventura apareça não me incomodará.

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No site da Renault, há uma referência ao ano de 2007 como Ano 1 D. S. (Depois de Schumacher). Bons tempos virão, então.
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