Dunga, o maltratado

Já o chamaram de retranqueiro, mal vestido, grosso, mal-humorado. Agora, acrescenta aí, por gentileza, mais uma qualidade: violentador da Língua Portuguesa.

Os repórteres, imaginem, muito provavelmente elevarão o conhecido gramaticalista Professor Pasquale à condição de técnico da seleção de futebol após a saída de Dunga.

Dunga, como a maior parte dos jogadores de futebol no Brasil, não é oriundo do Brasil-Leblon (ou Brasil-Morumbi). Como a maior parte dos brasileiros, a preocupação linguística do técnico é meramente se fazer entendido.

Talvez seja por isso que, em tão pouco tempo, a imprensa conseguiu a façanha de colocar os brasileiros torcendo pelo Dunga. A imprensa não lembra, nem de longe, o povo brasileiro – ao contrário do valente ex-volante gaúcho.

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