Sobre o finado Kadafi

Com comentários rapidinhos sobre a violenta morte de Kadafi, ninguém no Manhattan Connection – meu programa predileto de comentários sobre o noticiário internacional – tocou no que, pra mim, é essencial: encerrar uma estupidez (o governo ditatorial de Kadafi) com outra estupidez (um assassinato) só evidencia a bestialidade dos rebeldes. Seria, na prática, uma troca de seis por meia dúzia no comando líbio. Os dois grupos (Kadafi e rebeldes) se identificam pelo tratamento dado aos inimigos políticos. O abjeto filme, retratando um Kadafi trôpego e banhado em seu próprio sangue, é surreal. É o fim de qualquer versão romântica dos rebeldes e da versão líbia de uma tal “primavera árabe“.

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