A morte de Robin Williams, ocorrida hoje, provavelmente incluirá o suicídio em muitas rodas de conversa. Sobra quem condena, e qualquer tentativa de explicar os motivos que conduzem uma pessoa a colocar um fim em sua própria vida é vista com perplexidade.
Não vou fazer papel de advogado dos suicidas, óbvio. Preciso dizer, porém, que equivoca-se aquele que considera o suicida um covarde. Homens famosos por valentia e coragem tremem quando sua vida é colocada em risco. Já o suicida se encontra, convicto, com seu derradeiro suspiro.
Não há aquele momento em que temos o sono como a mais agradável companhia? O suicida deseja isso, apenas isso. Um sono, um descanso para suas dores que tanto o aflige. Seu sofrimento é maior do que qualquer expectativa a mais de dias ou horas de calmaria.
O que ele não sabe é se em seu novo sono haverá espaço para a morna inconsciência de um adormecer ou um pesadelo ainda pior do que conheceu em vida.
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