Quem vê por além da máscara do laureado ator?
Seria sofrimento o sofrimento visto?
Seria alegria a alegria percebida?
As cortinas abrem e o simulacro desabrocha
Quem é o ator, quem é o ator?
Ninguém o vê… o deslumbre pelo personagem cega a platéia
Se finge tão bem dor, alegria, desconforto, regozijo…
Quem é o ator?
Qual conexão para a plateia perscrutar e mapear quem é o ator?
Não há, não há…
O ator se esconde de todos para que os personagens apareçam
E, como um bom poeta,
“Chega a fingir que é dor a dor que deveras sente”
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