Há algo de pavoroso e fascinante na solidão.
Pavoroso porque a tendência, desde a infância, é encontrar o prazer da vida no contato com as outras pessoas – primeiro pais, depois o restante da família, pessoas da vizinhança, da cidade, etc, etc., em círculo cada vez mais amplo.
Fascinante porque talvez a única maneira de privar-nos da insatifação, da dor, da busca pela compreensão, esteja na silenciosa e pesada escuridão da solidão.
Enquanto nos equilibramos entre o pavor e o fascínio, saímos por aí tateando o gosto pela solidão e a quase obrigação da companhia.
É isso.
No Comments