Atualização

Bem, os e-mails tão desejados não chegaram. O projeto do doutorado na UFG foi abortado. Os artigos, preparados mas sem correção dos resumos, carecem de maior atenção para publicação. E a vida corre. Voa. Sem piedade, sem misericórdia. A vida – oh, a vida! – não é nem um pouco justa…

A partida

As coisas poderiam ser mais simples, do tipo “quem é bom vive muito” e “quem é mau morre já”.

Nessa simplicidade, consideraria, inclusive, que 81 anos para uma pessoa é pouco, se a bondade do(a) jovem senhor(a) fosse notória a todos.

Homens e mulheres dignos, aliás, não deveriam morrer com menos de duzentos anos. Ah, como essas pessoas fazem falta quando se vão…

É por isso que a ausência de Manoel Coelho, mais conhecido como “Tio Nego”, um dos tios mais queridos da família, está e continuará sendo muito dolorosa.

Desabafo

Devo estar mais cansado do que supunha. Conforme escrevi há pouco, não vejo com muito otimismo debates longos. E à espreita de algum, entrego já os pontos. Tenho a sensação que não estou me fazendo claro – e, seguidamente, não estou mesmo – e fico furioso por isso. Não é o fato de fazer parte do lado perdedor que me incomoda. Muito mais que isso, é descobrir que, em outras situações, as fraquezas dos argumentos de meus debatedores poderiam ser exploradas com mais eficácia. Nas rodas da disputa, ter consciência da falta de representatividade de meu voto e de minha voz acrescenta um pouco mais de angústia nesse caldeirão estafante.

Férias, por favor.

erar e umano

Assustei-me com alguns erros gramaticais em um texto científico publicado ano passado. É aquela história: revisão gramatical é coisa séria. [Não seria uma obrigação dos revisores de periódicos científicos compartilhar o ônus da marvada “flor do lácio“? E pior: há casos em que os erros se multiplicam após a revisão!] hhmmm.

É por essas e outras que evito reler textos publicados aqui…

De novo…

Blecaute. Tentei instalar uma nova versão do wordpress e travou tudo, melou geral. Da confusão, o blog ficou meio seqüelado. Os últimos comentários e a página de apresentação do blog e do escrevente foram para o espaço. Graças aos ótimos serviços prestados pelo suporte, estamos – eu e o blog – de pé.

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Fora o eficiente atendimento do pre-lude (melhor custo-benefício em hospedagem tupiniquim), a impressão que tenho é que fui cercado da nata da incompetência nacional nesses últimos dias. É o corretor que não vende nada, é a juíza que pede seis meses para analisar um processo, é o banco que se nega a devolver grana sabidamente roubada, é o cartão da conta corrente cancelado com uma justificativa estúpida (“você usou o cartão em um caixa suspeito de fraude”), é a Caixa Econômica Federal que troca os fornecedores de cartão e atrasa a entrega para todos os correntistas, é a maldita greve dos correios, é a lentidão na aprovação do projeto de dedicação exclusiva na atual instituição e todo o ônus financeiro decorrente dessa morosidade… e mais um milhão de trabalhos e provas para corrigir.

Mas Pollyanna vem me lembrando sempre que poderia ser pior.

Sound of silence

Desabafo On.

Amo o silêncio. Desses longos, reticentes. Dos sons inaudíveis germinam pensamentos criativos. Se gosto do barulho? Claro, desde que não me obrigue, nessa condição, a pensar muito. Não importa a música: em altos decibéis, Mozart se iguala a MC Créu.

Não raramente, provocadores de barulho são folgados. Imaginam que o espaço público é extensão de seus quartos ou de suas latrinas, onde podem cantar, gritar e rir até quando as cordas vocais permitem.

Chama isso de falta de educação? Não sei se as coisas são tão simples assim.

Depois de três anos atuando em formação continuada de professores, sei, mais que ninguém, como os docentes gostam do monopólio da fala. Aliás, o magistério deve congregar, juntamente com os políticos profissionais, os sujeitos mais falantes desse mundo. Claro, a fala é essencial para o trabalho do professor. Todavia, regras básicas, de educação mesmo, deveriam ser respeitadas no cotidiano. Ou o que esperar de um policial que não sabe o manejo e a hora correta de usar seu revólver?

Tente, por exemplo, estudar em um ambiente no qual três ou mais professores encontram-se presentes. Impossível. Acostumados como estão em falar para uma platéia de mais de quarenta alunos barulhentos e desatentos, professores não mais usam o recurso de dosagem da altura de voz e bom senso para reconhecer o que se passa na vizinhança. Se os interlocutores estão a um metro de distância e o ambiente da sala é destinado para, entre outras coisas, o estudo, não importa: são apenas detalhes.

Bom senso, já.

Desabafo Off.

Retorno

Computador queimado, serviço dobrado.

Fim?

Não.

Emprego novo, cidade nova.

Computador zero bala, blog retomado.

Tremeis, traças binárias: eu voltei.

E retorno a roupagem antiga do blog, colocada em junho e abandonada em dezembro do ano passado. Um ano atrás, anunciava o sonho bom que vislumbrava, e o template carregava todo o sentido de tais mudanças. Mal sabia que todas aquelas promessas profissionais que se avizinhavam eram tão falsas quanto nota de três reais. Esse período representou uma fase de minha vida que, mesmo sabendo da experiência proporcionada pelo difícil aprendizado, quero esquecer.

A volta ao template antigo tem, então, um peso simbólico. Está a dizer que a vida, interrompida em junho de 2007, retorna em doces e suaves suspiros.

Então, ficamos assim: com a velha e irregular frequência de posts, devagar e sempre.

Sobre…

as asas do tempo, a tristeza (ou a angústia, ou a ansiedade inconsequente, ou as pequenas tragédias contínuas, ou…) vai-se embora…” (La Fontaine).

Há coisa melhor do que bons amigos, sem economia com doces palavras, e na mais certa hora?

Agradecimentos do dono do boteco a Sandrex, Cabamacho (que está cada vez mais, er, impublicável…), Allan e Afonso pelas pílulas abaixo, doadas em algum dia perdido de 2007.

Sandra: Ai, Ju. Que coisa… Não fica assim. Pode dar certo numa outra ocasião. E aí você fica aqui, pertinho da gente. Beijos duplos.

Cabamacho: Mas rapaz, se esquente, não. O mundo não acabou por isso, não é mesmo? Pense, um chifre poderia até ser pior.

Allan: Cada um sabe a dimensão da própria dor, mas ela não deve ser maior do que podemos suportar. Não espere nada, não espere por ninguém. Faça seu próprio caminho e nunca desanime. Só não pare de caminhar.

D. Afonso XX o Chato: Putz, que sacanagem. Mas enfim, fechada uma porta, quantas janelas podemos abrir? abs e nada que o tempo não resolva.

~*~

Necessário dizer que estou felicíssimo?