Goya e hipocrisia

Estava participando de um curso de Arte promovido pelo SESC, em parceria com a Cineduc. Em dado momento, analisávamos os quadros de Francisco Goya, La Maja Desnuda e La Maja Vestida, pintados em 1798/1803 (acima, via InfoGoya). Éramos induzidos a crer que a mulher vestida era mais sensual (humpf!).

Daí, as professoras do curso iniciaram uma série de pontuações sobre a nudez, da Grécia Clássica aos tempos atuais. Hoje, temos uma moral meio torta, hipócrita até, que se preocupa fortemente com o nu artístico e muito pouco com outros temas vitais.

Em um estalo, como se houvesse descoberto a América, bradei, em meio ao silencioso auditório (e numa posição inspirada em Dom Pedro, naquele quadro do Pedro Américo, só que sem espada):

“Ora, pois! Deixemos a hipocrisia de lado! Todo mundo nu! Já! Todo mundo pelado! Viva o naturismo! Abaixo as roupas! U-rru!”

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Não, eu não falei nada disso. Sou hipócrita. Assim como você (naturistas, desconsiderem a ofensa…).

Ou, ainda: uma dose de hipocrisia no convívio social é sempre necessária…

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