1997. Finalzinho de expediente, lá pelas tantas da madrugada. Eu estava particularmente tenso no meu primeiro emprego. Não era para menos; na semana anterior, havia passado pelo primeiro e único assalto sofrido até hoje. Na ocasião, levaram uma moto e todo o dinheiro do dia.
Já na hora de recolher as mesas e as cadeiras, um grupo dobrou a esquina e se dirigiu ao bar. Desconfiado, o chefe me pediu pra ficar de olho. Enquanto limpava as mesas no salão interno, todos os sentidos buscavam algum movimento suspeito.
Depois de algum tempo acostumando com o gralhar dos rapazes, desapercebi da vigília. De repente, o barulho do bando foi sucedido pelo silêncio da madrugada. Olhei pra fora, o grupo havia ido embora. Alívio.
Se eles não tivessem carregado a mesa e algumas cadeiras, a suspeição teria sido apenas fruto do trauma anterior.
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