Há muita gratidão pelo fim do programa Cidade Alerta na Rede Record de Televisão. Poucos, em sã consciência, achavam graça na espetacularização do crime.
Para evitar uma crise de soluços, o populacho migrou para o também trash Brasil Urgente, da Band.
Nesses programas não há nenhuma novidade. Só mudam os atores. Isto é, o nome das vítimas e dos acusados. Mas os rostos são familiares, comuns. Mesmo trocando o nome do bairro periférico, a paisagem continua sendo a mesma. Penúria. Miséria.
Pois é. Radicais mudanças aconteceram tanto nas TV’s quanto nas notícias. Daslu substituiu o Morro do Urubu. Ao vivo e em cores, a poderosa empresária seguiu no camburão. Tal qual um mané qualquer.
É difícil de pensar que isso está ocorrendo no Brasil. Tão difícil que muita gente já está reclamando. Entre eles, a poderosa FIESP. E são claros: não estão a favor da criminalidade, mas contra a espetacularização da ação da Polícia Federal.
Shows à parte, o espetáculo quem dá é a TV, a revista. Falar contra a PF é mais fácil do que falar contra a Globo. E se aquilo for espetáculo, ele é cotidiano para a maioria da população brasileira (ação da polícia nos morros lembra filme de Hollywood, não é mesmo?). A novidade (e põe novidade nisso) é a troca da Mariquinha pela Eliana.
É essa troca que não deve ter agradado. As barbas estarão de molho?
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