Os resultados do ENEM-2006 foram divulgados semana passada. Nada de novidade: o ensino público brasileiro continua ruim.
De uma análise rápida da tabela síntese dos resultados na redação, um dado salta aos nossos olhos: as escolas particulares possuem índices muito parecidos. Genericamente, tanto faz a escola privada estar no Rio Grande do Norte quanto no Rio Grande do Sul. Parafraseando uma música famosa, escola privada é escola privada em qualquer lugar.
Falemos das exceções. Primeiro, no ensino privado. O estado de Roraima possui o pior desempenho entre as unidades federativas (52,55). Mesmo assim, consegue ser bem melhor do que o ensino público roraimense (45,78). Já no ensino público, a exceção é o índice elevado obtido pelos alunos gaúchos das escolas públicas (57,22). Mesmo assim, é pior que o ensino particular do Rio Grande do Sul (61,28).
Pode ser um indício claro do equívoco do economista Cláudio de Moura e Castro, colunista de uma revista semanal, ao afirmar insistentemente que a situação financeira – e o conseqüente capital cultural familiar – não tem peso na aprendizagem dos estudantes.
Resta saber se os dados serão portadores da evidência tão requerida por Moura e Castro e, a partir daí, reconhecer a própria tortuosidade de seus argumentos.
Edu
fevereiro 13, 2007 at 10:50Ok, enquanto você fala de educação, eu tenho que dizer: o Locke é um tesão! Ai… ai…
E é por isso que eu invejo a dinamarca.
Juliano
fevereiro 13, 2007 at 10:53kkkkkkkkk…
Lino
fevereiro 13, 2007 at 15:46Juliano:
Não vi o artigo do Cláudio, mas discordo dele. Berço, finança e situação social influem, sim, no aprendizado. Até porque quem os tem pode estudar em melhores escolas.
Cabamacho
fevereiro 14, 2007 at 10:20Juliano, meu filho, ainda há muito o que deseducar.
Luma
fevereiro 15, 2007 at 21:05Hum…não tem um outro estudo que diz que; uma criança melhor alimentada tem melhores resultados escolares?
A média um pouco acima dos 50% só nos prova que tudo está sendo feito pela metade. Falando grossamente. Não dá pra se contentar com isso! Alguns pais tiram seus filhos da escola, para estes trabalharem.
Beijus
Srta. Bia
fevereiro 17, 2007 at 02:06Há tantas coisas que influem na educação, mas o que realmente me irrita é que esse continua sendo um assunto secundário no Brasil.
A escola pública sobre com coisas básicas como a falta de professores ou com o fato de alguns deles não saberem o conteúdo para ensinarem os alunos. Já a educação como um todo carece de inovação, é incrível ver que os livros didáticos de hoje ensinam basicamente as mesmas coisas que eu estudava há 15 anos atrás.
E tanta coisa mudou. Tantas coisas são mais importantes em história do que as estruturas sociais do feudalismo. Não que isso não seja importante, mas vejam bem, são secundárias perto de outros assuntos que cercam os alunos.
Quanto a questão pública ou particular, acredito que é mais uma questão de método mesmo. E é lógico que a particular ganha por uma série de fatores, desde o fato da pequena evasão escolar até os recursos disponíveis.
Yvonne
fevereiro 17, 2007 at 20:47Juliano, antes de mais nada obrigada pelo seu comentário lá no meu cantinho. Quanto ao seu post, eu penso que é difícil viver em um país que entra ano, sai ano, não existe preocupação com a educação. Se as crianças tivessem bem alimentadas com um mínimo de conforto, o resto viria bem fácil. Beijocas
Juliano Rosa » Palmas para os professores. E um trocadinho também
maio 16, 2007 at 12:38[…] opinar, propor.Já comentei algumas coisinhas sobre o que acho dos textos dele aqui, aqui e aqui. Minha opinião sobre o Castrinho, PhD em Economia pela Universidade de Vanderbil, já foi dada e […]