Palmas para os professores. E um trocadinho também

Já faz algum tempo que não leio a Revista Veja. Falta tempo.

Das lidas pretéritas, um dos colunistas preferidos – hum… – era o Cláudio de Moura Castro, esse pleno desconhecido do mundo pedagógico mas profundo sabedor de educação, porque, afinal de contas, em se tratando de escola, todo mundo se acha no preparo para criticar, opinar, propor. Já comentei algumas coisinhas sobre o que acho dos textos dele aqui, aqui e aqui. Minha opinião sobre o Castro, PhD em Economia pela Universidade de Vanderbil, já foi dada e de lá pra cá não mudou muito.

Um dos últimos textos publicados na Veja recebeu uma resposta até interessante aqui. Acrescentaria apenas um outro argumento – até repetitivo, visto que usei palavras semelhantes em outro post: o Instituto Dom Barreto, primeiro colocado do ENEM, é uma instituição privada. E, como sabemos, para uma escola particular de ponta, a localização geográfica pouco importa. Tanto faz se é em Porto Alegre ou se é no Rio Branco. Um filho de um deputado em Macapá tem as mesmas condições materiais de sucesso que outro, em mesma situação, no Rio de Janeiro. Daí ser uma grande bobagem esse deslumbramento todo com a escola piauiense.

Sugerir o ‘aplauso’ ao trabalho do professor como um ente mágico e revolucionário, como faz Castro, é patético. Debochado até, já que, provavelmente, o colunista de Veja não pretende substituir seu próprio salário mensal, recebido do semanário, por cartas elogiosas que milhares de leitores por aí possam cometê-las.

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