Democrata? Ditador? Democrata? (…)

E assim vai. Não dá pra dizer que o cara, por desejar reeleições sucessivas, seja um ditador. Pode-se avaliar o respeito pelas instituições democráticas e daí dizer que o cidadão é um autocrata, certo. Mas jogar o cara no lixo junto com Stalin, Pinochet e Castelo Branco só porque está abrindo a possibilidade de, democraticamente, ser eleito indefinidamente, é papo furado.

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O fato dele perder o plebiscito, por exemplo, é um claro indício de que há democracia na Venezuela. A própria idéia do plebiscito é improvável de acontecer na monarquia espanhola ou nos emirados árabes nas petrolíferas terras. Enfim.

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O grande problema, a meu ver, é o governo personalista. O que acontece lá, sucede aqui, em Cuba, na Rússia e, de certa maneira, na Argentina. O governo é um projeto pessoal, sem sucessores. Não há claramente uma plataforma política.

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Findado papo de botequim, uma pérola descoberta hoje, pra fazer rir meninos cabuladores da aula de filosofia. Trata-se de um verso popular rabiscado  por um matreiro aluno em uma das paredes da Faculdade de Letras de Lisboa e registrado por Ricardo Jorge, em “Contra um plagio do Prof. Theophilo Braga”:

Que importa que o Kant cante,
Que importa que o Comte conte!
Kant é um Kant pedante.
Comte é um Comte bifronte.
Que importa que o Kant cante
Que importa que o Comte conte!

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