Falhos

Criamos heróis desde a mais tenra idade. São eles nossas fortalezas, nossos exemplos. Para muitos, os pais encarnam perfeitamente esse personagem. Mas pode, também, ser um amigo ou parente sensato, sábio e de decisões sempre acertadas. Ingressamos na vida adulta e, mesmo calvo por saber que enquanto seres humanos todos estamos passíveis ao erro, a fragilidade dos nossos heróis nos perturba. O modelo de integridade, ao descer ao pó por ações vis, nos lembra que a humanidade está coberta até a raiz do cabelo pela falha potencial e que sua manifestação expõe, também, nossas mesmas fraquezas.

Lição do dia? Conjugue o verbo errar, setenta e sete vezes.

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Mas se a multidão hoje escutasse um Cristo dizendo “quem não tem pecado que atire a primeira pedra”, diante de qualquer adúltera, ia faltar pedra no mundo. Estranhamente, há mais juízes que réus em um universo onde ninguém pode se vangloriar por ter uma reputação ilibada. Somos maus, moçada.

3 Comments

  • Jens

    julho 17, 2008 at 12:38

    Oi Juliano.
    Eu sou bom. E mau também. E, ainda, um pouco hipócrita em determinadas ocasiões.
    Putz, Millôr tem razão: o homem é um animal inviável. O cancêr da natureza.
    Um abraço.

  • Jens

    julho 17, 2008 at 12:40

    A propósito de errar: é câncer, pô.

  • Edu

    julho 17, 2008 at 13:04

    Eu sou o Jens, sem a melanina. Pero igualito!

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