Posso parecer preconceituoso, mas vejo algo que inusitado quando encontro uma nutricionista obesa, um psicólogo destemperado ou um político grosso. Coisas da vida – esta incoerente e irracional?
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Disse hoje, para um amigo intelectual a enésima potência, que não gosto de Foucault. Uma bobagem. Mesmo se isso fosse verdade – não é! -, eu não teria tantos argumentos para justificar minha posição. Efetivamente, para efeito do curto debate, os olhos arregalados do debatedor me disseram que fui feliz… Uma provocaçãozinha besta é sempre bem-vinda, não?
Pra constar, então, citação do dia, da caneta do gênio francês:
“é preciso a cada instante, passo a passo, confrontar o que se pensa e o que se diz com o que se faz e o que se é.“
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Mais um indicador para acúmulo de experiência: debates polêmicos longos são infrutíferos. Cada qual recrudesce sua posição, arma trincheiras de incomunicabilidade entre os argumentos distintos e logo a razão sai de mansinho, dando lugar a manifestações emotivas, pessoais e, em última instância, agressivas.
Soma-se ainda o aparecimento de grupos que admitem – de pés juntos e sagrados juramentos – a excelência da democracia na gestão do debate. Desde que, complementam implicitamente, minhas excelentes idéias prevaleçam sobre a mediocridade da maioria. Se a maioria não está conosco é por falta de amadurecimento no debate, ou porque não compreenderam tão falhos – e fracos – são os argumentos defendidos, ou, ainda, porque nem sempre a maioria tem razão. Enfim.
Desses iluminados eu tenho medo.
Jens
julho 29, 2008 at 22:35Oi Juliano.
Irretocável a observação de Foucault. Mas, confesso, não sou capaz de seguí-la ao pé da letra. Não conseguiria me olhar no espelho pela manhã sem me defrontar com um cínico. Como eu me gosto muito, mascaro a realidade.
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Adoro um debate democrático, desde que eu vença no final. Hehehe…
Assim somos nós, imperfeitos.
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Um abraço.
Nina
julho 30, 2008 at 14:03Bem, Foucault está certo, massss, eis a beleza da imperfeição humana, hehe!
Beijos!
=)