Três teses, três antíteses

A realidade só dura por um dia.

O que é a realidade? Pode ser confundida com presente? O que é o presente? Esse segundo… agora? Não, não, esse já virou passado. E o próximo? Não, esse é futuro. Confundir realidade com a manifestação do ‘presente’ é aniquilá-la conceitualmente. Realidade, então, é isso: o instante mágico onde fundimos o passado memorável e o porvir almejado.

O futuro não é esperança, é desejo apenas.

Sem desejo não há esperança. É o desejo o dínamo da esperança. Sem desejo, a esperança morre.

A lembrança é uma distância que só tende a aumentar

Se admitirmos que presente e futuro se mesclam pra formar aquilo que muitos chamam de presente, estaremos numa situação curiosa. Sim, curiosa, porque testaremos o valor da lembrança. Sua intensidade dirá muito a respeito de seu próprio valor: quanto mais intenso, mais presente. Não, não se distanciará, não se esmaecerá no limbo da memória – se intenso for.

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