Ruínas

Ele era apaixonado por vestígios de vida. Procurava sentir as paredes antigas impregnadas do viver passado… Quantas alegrias, quantos sonhos, quantas amarguras… O viver humano condensado em memórias impressas nas paredes mortas, símbolo restante da pujante vida outrora existente.

Trinta anos depois, sua memória não tem o poder mágico de reviver as sensações vividas. As recordações não reconfortam, cortam. Elas preenchem de melancolia onde deveria haver apenas satisfação por tanta felicidade experienciada.

Ter memória pode ser um castigo.

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