Profissionalização da Pilantragem

Outro dia, queriam plagear descaradamente a Dani.

Nascido nos ditados de português e aperfeiçoado nos exercícios de caça-palavras dos livros de Geografia e História, o plágio já foi uma coisa boa. Joãozinho acertava a questão se, necessariamente, respondesse, ipsis literis, a sentença correspondente no livro (dizem que ainda há casos assim, no Reino da Latvéria). Caso não acertasse, ora, havia ainda uma segunda chance: plagiava os rabiscos no quadro negro – escritos pelo professor (orgulhoso sabichão), ou por um aluno puxa-saco qualquer – quando da correção das atividades.

O que antes era um delito recorrente apenas na educação básica, aparece – e com impressionante força – em alguns programas de pós-graduação. Não é mais incomum casos de mestrandos serem descredenciados do programa por surrupiarem páginas alheias. No segundo maior encontro científico realizado no Brasil (em número de participantes), o Congresso Brasileiro de Geógrafos, houve, recentemente, um trabalho em que o único trabalho foi substituir os nomes da publicação original.

Tentar caminhos mais fáceis é tentador. Principalmente quando, por inépcia ou falta de tempo, são poucas as alternativas para escrever uma redação ou uma tese. Todavia, o futuro, ao que parece, será diferente. Absolutamente sem plágio.

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