Por que…

…as operadoras de adsl oferecem ‘suporte técnico’ se após dois minutos de conversa já recomendam um ‘técnico particular’? E essa corja sabe muito bem como ser burocratas no atendimento e solução do problema, mas capitalistas selvagens na hora da conta.

Fato é que, após esquecer o HD principal há mais de mil quilômetros de distância, um Pen Drive deixou de ser objeto de luxo.

Navegadores e blogs

Estatísticas andam apontando para o fim da hegemonia do Internet Explorer. Fato justíssimo, considerando o inexplicável desleixo que Bill Gates tem dado ao browser. Espreitando os rumos dessa guerra de navegadores, é de se supor que a concorrência vá abocanhar fatias cada vez maiores de usuários do Explorer.

A distância que separa o Explorer dos demais ainda é enorme. O Mozilla Firefox é o que mais cresce em cima das fragilidades do Explorer. Antes pioneiro, o Netscape dá mostras de estar perdido no tempo. Nesse balacobaco todo, o que considero espantoso é a pouca popularidade do browser Opera.

Já fui usuário irredutível do Opera. A leveza e considerável rapidez no carregamento das páginas me fascinava em tempos de Internet discada. Turbinando a conexão, fui seduzido pelas inúmeras campanhas “I love firefox” e demais congêneres.

Estranhos problemas, porém, estão me deixando propenso a retornar aos velhos tempos. Primeiro, a incapacidade de o browser ler palavras acentuadas em alguns sites. Um montão de sinais substitui inconvenientemente o cê-cedilha e o chapeuzinho-do-vovô. Segundo, o FireFox misteriosamente está travando ao navegar pela Radio Uol.

Por outro lado, o Opera tem lá também seus problemas. O mais grave deles é não entender e distorcer o design e texto do blog do Smart. Talvez até para combinar com a casa-da-mãe-joana em que se transformou sua caixa de comentários, ultimamente.

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Falando de blog, falando de Opera, um parêntesis: a página oficial do navegador também hospeda blogs.

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O Afonso já postou sobre o que é, a meu ver, o maior problema dos blogs hospedados no UOL. Os blogueiros amigos Edk e Roberson já receberam nas caixas de comentários a sugestão de sair do portal. O Longe Demais parece ser o primeiro a abandonar o barco – com indicativo de acontecer em um futuro próximo, inclusive.

Eu, que tenho um longo histórico com o Blog UOL (esse não é o meu primeiro blog), sigo esperançoso de que algo mude.

Caso isso não aconteça e a paciência esgote, averigüei algumas possibilidades de hospedagem. De início, os portais brasileiros estão sumariamente descartados. Ninguém merece um weblogger da vida. Virtualog ou Theblog? Fala sério…
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Minhas impressões sobre:

a) www.blogspirit.com: hospeda o blog do Ronzi, que saiu do Blogspot. Mesmo caminho fez o Edu. Possui um sistema interessante de classificação de post e de comentários, mas vive dando pau. Não sei até que ponto é confiável.

b) www.blogspot.com – o preferido de oito em cada dez blogueiros. O único porém é a ausência de classificação dos textos.

c) www.my.opera.com – o blog do browser opera. Design é clean, mas oferece poucas opções de template. O maior problema mesmo são os comentários: apenas quem é cadastrado no site pode postar.

d) www.seo-blog-org – lento, muito lento. Logar no portal é um sacrifício. O simples ato de comentar um post exige paciência de Jó. Alem disso, a entrada dos comments não permite inserção de links. Fica lá só o nome do comentarista. Por fim, há poucas opções de templates. Fuja!

e) www.blogeasy.com – não há nenhuma opção de template decente. Uma pobreza visual que só vendo – a menos que você domine linguagem HTML. E isso não é o meu caso. O sistema de apresentação dos comentários (ao lado dos textos) o ponto forte do blog.

f) www.blogsome.com – opção interessante. Boas opções de template e funcional categorização dos post’s. A novidade aqui é um ranking dos post’s mais populares – levando em consideração a quantidade de comentários.

g) www.blog.pt (ou www.blog.com): primeiro, a desvantagem. Há um limite de armazenamento (10MB) e publicidade gratuita do google na página. E só. Excelente sistema de categorização de post’s, templates que lembram blogs desenvolvidos pelo MovableType. E o que é melhor: o gerenciamento do blog é totalmente descomplicado. Usabilidade dez. O blog é totalmente personalizável.

Caso amadureça a idéia de migrar para um outro portal, a opção será o blogsome.com ou o blog.pt. Uma horrorosa indecisão me assola desde já. Enquanto a paciência com o Uol dure, continuo cá.

O movimento ludita e a tecnologia. A tecnologia e as companhias telefônicas

I.

O movimento ludita foi a reação mais radical dos trabalhadores ingleses às inovações tecnológicas proporcionadas pela Revolução Industrial, no início do século XIX. Incomodados com a “eficiente” redução de empregos causada pela utilização de máquinas no processo produtivo, os operários organizados em movimentos bem articulados atacavam durante a noite e em vários lugares ao mesmo tempo, obedecendo, segundo reza a lenda, a um certo General Ludd. Acreditavam que, ao causar prejuízo aos capitalistas, estariam forçando a volta ao sistema manufatureiro – aposentando definitivamente a máquina, essa usurpadora de empregos. Todavia, os avanços tecnológicos mostraram sua inexorabilidade. Hoje, aulas ministradas a um público infantil são acompanhadas de gargalhadas quando se descreve as ações do movimento ludita. Comprovação evidente, portanto, de que a estratégia do movimento estava errada.

II.

O telefone foi uma dentre as inúmeras invenções tecnológicas contemporâneas à Revolução Industrial. O escocês (naturalizado estadunidense) Graham Bell, baseando-se em um primitivo aparelho criado pelo padre francês Don Gauthey, criou o primeiro telefone. A invenção foi patenteada em 1876. Até então, a comunicação entre lugares distantes era feita, principalmente, utilizando os préstimos dos serviços postais. As cartas sofreriam, a partir daí, forte concorrência frente uma invenção que trazia, como novidade, a velocidade na transmissão de informações. Hoje, o poder financeiro das empresas telefônicas é muito maior do que as concorrentes postais. Principalmente com a invenção da Internet, o volume de cartas despencou notoriamente.

III.

A associação aparente entre capitalismo industrial e desenvolvimento tecnológico nos leva a crer que há uma parceria indissociável entre os mesmos. Nada mais enganoso, porém. Um exemplo disso é o que vem ocorrendo nos atuais progressos de telefonia com tecnologia VoIP. As empresas telefônicas olham com evidente desinteresse para essas novidades. A BrasilTelecom, por exemplo, foi denunciada recentemente pelo Ministério Público Federal do Tocantins por proibirem, em cláusula contratual, os assinantes da Internet Turbo (ADSL) de utilizar softwares baseados nessa tecnologia, como o Skype, Messenger, FoneUol, entre outros. Estariam as empresas telefônicas contra o mesmo movimento que propiciou a sua criação, a mais de século atrás?

IV.

Tal qual a hilaridade dos luditas, assim é a postura das Companhias Telefônicas. Beneficiaram-se das inovações tecnológicas, nascendo e crescendo sob a égide da modernidade técnica. Abominam-nas, contudo, quando se olham no espelho e vêem que, após um século, o telefone tal qual idealizado por Bell está superado. A sagacidade com que agarram a medonha “assinatura básica”, um artifício que permite às empresas cobrarem por um serviço não utilizado, demonstra o quão conservadores, egocêntricos e avaros são determinados setores da sociedade capitalista, mormente aqueles do topo da pirâmide social. Para as telefônicas, o mal agora é a tecnologia. Daí, portanto, medidas como a proibição do Skype e similares. Seria um retorno às avessas ao movimento ludita?