Já havia escrito algo mais ou menos nesse sentido. Deixei escapar um sorriso meia-boca ao ler na Folha de S.Paulo ontem:
Impulsionada pela oscilação econômica, a arquitetura sustentável é, em grande medida, um álibi politicamente correto para uma era de vazio ideológico, de ausência de qualquer compromisso social coletivo. Construindo edifícios autenticados pelo selo moral de “ecologicamente responsável” e obtendo subvenções econômicas por isso, as grandes empresas se eximem de discutir a fundo o funcionamento das cidades: a organização fundiária, o transporte individual motorizado, a poluição dos rios e o espalhamento da mancha urbana atraído pela especulação imobiliária. Fica evidente que, nesse contexto, o edifício ecológico é apenas um paliativo.
Mas o que há por trás dessa cortina de fumaça? Aparentemente, um modo de simplesmente manter o “laissez-faire” capitalista, dando-lhe um verniz politicamente correto. Quer dizer: transformar a ecologia em publicidade voluntarista, do tipo “faça você mesmo”, enquanto se sabe que as grandes decisões futuras se darão em âmbito macroeconômico, na disputa velada por reservas alternativas de energia, matéria-prima e água.
Artigo completo, by Guilherme Wisnik, aqui.
Srta. Bia
abril 18, 2007 at 02:07É incrível como a sociedade se desintegrou de sua coletividade de tal forma que é praticamente impossível visualizar uma ação em larga escala.
Já há várias crítcas sobre o fato da ecologia estar na moda. A nova campanha da diesel foi abordada pelo marcelo leite, é basicamente sobre o aquecimento global, vc viu?
Luma
abril 18, 2007 at 15:52Mais uma vez estão nos manipulando por interesses capitalistas.
Do jeito que o povo é inconsciente e vaquinha de presépio, o mundo vai durar menos que o previsto. Beijus
D. Afonso XX o Chato
abril 19, 2007 at 01:17Putz, isso soa como lembrança ao que te devo, hehehehe abs
Yvonne
abril 19, 2007 at 11:23Juliano, estou com a Luma e não abro. É exatamente isso. Querido, obrigada pelo carinho do seu comentário.
Beijocas
Simy
abril 23, 2007 at 22:59tudo é motivo moço. A gente é gente lembra? Não me espanto mais, eis mais um grave defeito.
Allan
abril 24, 2007 at 22:55“Eu, distante, vivendo em um não-lugar, saca?”
Saquei não. Dá pra explicar melhor? (se não der, vou entender)
Abração.
Dourado
maio 1, 2007 at 00:15Caro, Juliano
Esse assunto é prenhe de questões.
A gente vai muito o q falar disso.
É nosso futuro, afinal.